domingo, 5 de outubro de 2008

curta-criança da casa

Estamos na casa da vovó hoje. Em alguma hora na parte da tarde vou à sala de almoço, aonde em cima da mesa tem uma fruteira com um lindo cacho de bananas. Uma dúzia recém comprada, presumo. Noto algo a mais, algo que não deveria estar na casca de tão bonitas bananas. Depois de parar de rir, chamo Matraca-Trica e Fofoquinha:
-Quero saber já qual dos dois rabiscou com esferográfica todas as bananas da vovó.
-Não fui eu-responde um.
-Nem eu-responde outra.
Todas as cascas de banana bem rabiscadadinhas, uma beleza. Uma obra de arte dadaísta.
-Não vamos sair desta sala até vocês me digam quem fez essa obra prima nas bananas da vovó!
Gritos, bicos de choro, lágrimas falsas, acusações: a sala parecia uma das grandes audições em tempos de Macartismo.
Nisso entra minha mãe e pergunta qual o motivo de tamanha comoção. Eu mostro as bananas e explico, já em tom de bronca, "Não é um absurdo, não se pode fazer isso nas bananas e além do mais" 
Então minha mãe me interrompe:
- Hoje cedo eu estava falando ao telefone (ele fica na mesinha ao lado) sem fazer nada e as bananas estavam à mão...

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